Entendendo a fertilidade conjugal
A reprodução é o mecanismo essencial para perpetuação e diversidade das espécies, assim como para continuidade da vida. Com o surgimento de novas técnicas de fertilização in vitro, o entendimento da concepção está cada vez mais claro visto que a concepção tornou-se um ato laboratorial no qual pai e mãe participam apenas como doadores de gametas, veículos de transferência dos genes para as gerações seguintes.
Para melhor entendimento de todo o processo que envolve a fertilidade conjugal, é necessário entender um pouco da estrutura do aparelho reprodutor feminino e masculino e sua fisiologia.
Estrutura do sistema reprodutivo feminino
Ovários
Dois órgãos essenciais em forma de amêndoa localizados de lados opostos da cavidade pélvica medindo cerca de 4 cm em seu maior eixo e revestido por uma camada de células denominada de epitélio germinativo. Os ovários têm função de produzir, armazenar e liberar o gameta feminino – o oócito. Também atuam como glândulas endócrinas, sintetizando e liberando os hormônios sexuais femininos, o estrogênio e a progesterona.
Útero
Órgão de cavidade oca em forma de pera invertida, medindo cerca de 7 cm em seu eixo maior, dividida em duas porções: uma superior chamada fundo uterino e outra inferior chamada colo ou cérvix. A parede uterina é revestida em três camadas, a mais interna chamada de endométrio, a camada muscular média chamada de miométrio e a mais externa serosa denominada de peritônio. É no útero onde ocorre a implantação e desenvolvimento do embrião, sendo responsável também pelas contrações musculares para expulsão do feto durante o parto.
Tubas uterinas
Ductos medindo em torno de 10 cm de comprimento, que saem do útero terminando em projeções em forma de fímbrias que ficam sobre os ovários, porém não ligados a eles. Durante a ovulação, as fímbrias captam o oócito maduro que será fertilizado no terço médio superior da tuba. Após a fertilização, o embrião ainda se mantém por cerca 4 a 5 dias na tuba até chegar no estágio de blastocisto do seu desenvolvimento, sendo a partir daí encaminhado através de contrações rítmicas das paredes musculares das tubas até a cavidade uterina onde ocorrerá a sua implantação.
Vagina
Órgão tubular que se estende desde o colo até sua abertura externa. Estrutura coberta por musculatura lisa revestida por membrana mucosa com função receptora do sêmen. Constitui também parte inferior do canal de nascimento e funciona como ducto excretor de secreções uterinas e de fluxo menstrual.
Vulva
Termo coletivo dos genitais externos femininos (monte pubiano, clitóris e lábios), situados em torno da abertura da vagina. A vulva também apresenta em sua estrutura glândulas denominadas de glândulas de Bartholin localizadas em cada lado da abertura vaginal cuja função é secretar um fluido lubrificante.
Entendendo melhor a fisiologia feminina
Ovogênese
No momento do nascimento, os ovários apresentam cerca de 4 milhões de oócitos primários produzidos no decorrer do desenvolvimento fetal. Ainda neste período, ocorre a primeira divisão meiótica destes oócitos primários, que ao nascer apresentam seu desenvolvimento estagnado. Somente na puberdade é que os oócitos retomarão seu desenvolvimento. Ainda assim, alguns oócitos primários podem, eventualmente, continuar a divisão meiótica, porém a grande maioria entra num processo degenerativo chamado atresia, ou seja, de 4 milhões de oócitos primários presentes inicialmente no momento do nascimento, somente cerca de 400 mil oócitos terminarão seu desenvolvimento.
Os ovócitos encontram-se armazenados em estruturas denominadas folículos. Normalmente, estes folículos apresentam inicialmente um único ovócito envolvido por uma camada de células chamada granulosa. Ao desenvolver, este folículo primordial aumenta de tamanho, a granulosa proliferam e em contato com o oócito diferencia-se formando o que chamamos de zona pelúcida.
A granulosa secreta estrogênio e uma quantidade pequena de progesterona (no momento que antecede a ovulação) e inibina, além de também secretar outros fatores químicos que mantém estagnado o processo meiótico do oócito. A medida que o folículo cresce, o tecido que está ao seu redor forma a teca, que por sua vez envolve o folículo e estimula a secreção de estrógeno pelas células da granulosa. Em seguida, é formada uma cavidade chamada antro repleta de líquido dentro do folículo, rodeando desta forma o oócito.
Todo este processo desenvolvimento folicular depende da estimulação do hormônio folículo estimulante (FSH). Porém, antes da puberdade a concentração deste hormônio é muito baixa, impedindo que o processo aconteça.
Quando ocorre a puberdade, por volta dos 13 anos de idade, a mulher ao menstruar pela primeira vez, dá início ao seu período reprodutivo que só irá terminar na menopausa, período determinado pela falência ovariana, podendo ocorrer em torno dos 44 anos. Entretanto, estudos demonstram que, a partir dos 35 anos de idade a função reprodutiva das mulheres começam a apresentar uma queda importante na qualidade ovulatória, o que poderá interferir no sucesso de todo processo que envolve a fertilidade conjugal.
Funções hormonais da mulher
A recrutação, o desenvolvimento e a liberação dos oócitos dependem do funcionamento e equilíbrio hormonal produzido pelos ovários e pelas glândulas do cérebro: hipotálamo e hipófise ou pituitária.
Ao aproximar-se o início da puberdade, a hipófise começa a produzir hormônios gonadotróficos que irão atuar sobre o ovário, dando início a uma série de alterações que se repetem ciclicamente. As gonadotrofinas essenciais são: hormônio folículo-estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH) e gonadotrofina coriônica humana (hCG).
- FSH é produzido e liberado pela glândula adeno-hipófise, tendo como principal função iniciar o amadurecimento dos ovócitos no ovário;
- LH é também produzido e liberado pela glândula adeno-hipófise, porém visa terminar o amadurecimento do oócito e estimular a sua liberação para o útero;
- HCG inicialmente produzido pela placenta após a implantação bem sucedida, atua também na manutenção da gravidez.
O hormônio GnRH produzido pelo hipotálamo atua no controle da liberação de FSH e de LH.
Ciclo menstrual
O ciclo menstrual tem como função principal preparar o organismo para gestação, controlando, principalmente a ovulação e o aporte nutricional do embrião.
O primeiro dia de sangramento é o marcador inicial do ciclo menstrual. Cada ciclo é iniciado pelo aumento da libertação de FSH pela hipófise.
O ciclo menstrual ocorre em três fases: folicular, ovulatória e lútea tendo como característica principal recrutar, estabelecer o crescimento e amadurecimento do oócito com grande potencial de fertilização.
Na fase folicular, com duração média de 14 dias, a atuação do hormônio FSH alguns folículos primordiais começam a desenvolver-se. O crescimento do folículo sob ação do FSH caracteriza-se pelo aumento do oócito e proliferação das células foliculares passando a constituir uma cavidade cheia de líquido, a cavidade folicular.
O estroma ovariano (tecido existente entre os folículos) organiza-se ao redor dos folículos em crescimento constituindo uma cápsula chamada de teca folicular, através da qual que é efetuada a nutrição dos folículos.
Durante o crescimento, o folículo é deslocado em direção à superfície ovariana na qual uma pequena elevação, o estigma, indica o ponto onde posteriormente ocorrerá a ruptura do folículo.
Pouco antes da ovulação, ainda sob a atuação do FSH, um único folículo chamado folículo dominante atinge seu maior grau de desenvolvimento estimulando simultaneamente a secreção de forma contínua e crescente do hormônio estrogênio. Em torno de 32 horas antes da ovulação, o estrogênio produzido pelo ovário atinge seu pico, desencadeando a produção do hormônio luteinizante (LH) pela hipófise desencadeando a ovulação daquele oócito maduro a partir do folículo dominante. Após a ovulação, os o folículo rôto se transformará em corpo lúteo iniciando neste momento a liberação de progesterona, que atuará no endométrio favorecendo a implantação.
Caso o ovócito não seja fertilizado por um espermatozoide dentro de um prazo de 72 horas após sua liberação do folículo, no final do processo do corpo lúteo ocorrerá menstruação, reiniciando desta forma o ciclo. Entretanto, se a fertilização ocorrer, o embrião continua seu desenvolvimento, com início da produção do HCG (gonadotrofina coriônica humana) fazendo com que o corpo lúteo libera estrogênio e progesterona de forma a proporcionar condições favoráveis a implantação.
Estrutura do sistema reprodutivo masculino
O sistema reprodutivo masculino é dividido em INTERNO e EXTERNO:
- INTERNO – Constituído por glândula prostática ou próstata, canal deferente, vesícula seminal, canal ejaculador e uretra prostática;
- EXTERNO – Constituído de pênis e bolsas escrotais e seu conteúdo.
Sistema reprodutor interno
Glândula Prostática ou Próstata
Localizada abaixo da bexiga próximo da saída da uretra. Produz secreção prostática contribuindo em 30% do líquido seminal de teor alcalino, fino e branco-leitoso. O fluido é eliminado no interior da uretra durante a ejaculação ajudando a neutralizar os fluidos ácidos na uretra masculina e na vagina feminina.
Canal Deferente
Par de tubos longos de paredes espessas, que em seu trajeto apresenta quatro porções: epididimária, funicular, inguinal e pélvica. Além de funcionar como parte do sistema de transporte dos espermatozoides, também age como local de armazenamento para a maior parte dos espermatozoides produzidos até a ejaculação. Em torno de 74 dias ocorre todo o processo de maturação dos espermatozoides, desde o início nos túbulos seminíferos até sua forma completamente madura.
Vesícula Seminal
Par de bolsas localizadas na região pélvica, atrás da bexiga. Com função secretora contribuindo em 60% na constituição do líquido seminal. Sua composição apresenta nutrientes, ácido cítrico, aminoácidos e frutose como fonte de energia aumentando desta forma a motilidade dos espermatozoides.
Canal Ejaculador
Órgão par que atravessa a glândula prostática lançando-se na uretra posterior. Formados pela união dos vasos deferentes e dos canais das vesículas seminais.
Uretra
Tubo que vai da bexiga através da glândula prostática até a extremidade do pênis, formando a seção final de passagem do fluido seminal. A uretra é o ponto de saída tanto de sêmen como da urina.
Sistema reprodutor externo
Testículos
Também chamados de gônadas, os testículos são glândulas sexuais masculinas, situadas atrás do pênis dentro da bolsa escrotal fora do corpo. Sua principal função é produzir espermatozoides e o hormônio sexual masculino chamado testosterona. No interior de cada testículo encontram-se estruturas denominadas de túbulos seminíferos onde é iniciado o desenvolvimento dos espermatozoides.
Epidídimo
Duto espiralado localizado na extremidade superior dos testículos, onde ocorre a maturação espermática, desde a motilidade até a capacidade de fertilização.
Espermatogênese
Para os homens, a fertilidade significa habilidade de engravidar uma mulher, sendo necessário produzir, armazenar espermatozoides, além de transportá-los para fora do corpo de modo que possam entrar no trato reprodutivo da mulher.
Diferentemente da mulher, que já nasce com todos os oócitos que terá em toda sua vida, o homem ao atingir a puberdade renova sua produção de espermatozoides a cada 72 dias constantemente.
Na puberdade, sob ação do hormônio FSH é iniciada a produção dos espermatozoides nos túbulos seminíferos sob uma temperatura em torno de 2ºC abaixo da corporal. No espaço entre os túbulos seminíferos, o LH liberado pela hipófise ativará as células de Leydig levando-as a secretar o hormônio testosterona.
A parede dos túbulos seminíferos é constituída internamente por um epitélio com dois tipos celulares: células germinativas (produz os espermatozoides) e células de Sertoli (função de sustentação nutricional dos espermatozoides durante toda fase de sua formação).
As células de Sertoli apresentam-se ligadas entre si através de junções íntimas denominadas “tight junction”. Estas células formam um anel chamado lúmen entre a membrana basal dos túbulos seminíferos e o seu interior, que funciona como barreira físico-química controlando as trocas de substâncias do sangue para o lúmen do túbulo, além de ajudar a reter o fluido luminal, assegurando desta forma condições apropriadas para o desenvolvimento dos gametas e diferenciação dos túbulos. O fluido luminal contém uma proteína denominada de proteína de ligação aos androgênios (“androgen-binding protein”) secretada pelas células de Sertoli, que se liga ao hormônio testosterona, permitindo sua acumulação no lúmen do túbulo.
As células de Sertoli, sob ação do FSH e da testosterona secretam o hormônio inibina, que atua na hipófise anterior inibindo a liberação de FSH. Quando em grande quantidade, a testosterona inibe a liberação de LH pela hipófise e a liberação de GnRH pelo hipotálamo.
Em resposta a liberação da testosterona pelas células de Leydig e a liberação do hormônio FSH pela hipófise, as células de Sertoli produzem grande variedade de mensageiros químicos que estimulam a proliferação e diferenciação dos espermatozoides.
Os espermatozoides são produzidos a partir de células denominadas espermatogônias que se dividem continuamente ao longo de toda a vida adulta do homem através da mitose dando origem a espermatócitos primários, que somente uma porção deles se encontrará em processo de diferenciação. Após crescimento, o espermatócito primário sofrerá a primeira divisão meiótica formando dois espermatócitos secundários cada um com 23 cromossomas, que ao sofrer a segunda divisão meiótica dará origem aos espermátides que ao amadurecerem se tornam espermatozoides. Todo processo leva em torno de 64 dias. Quando maduro, os espermatozoides atingem o epidídimo, onde ficam armazenados por algumas semanas até que se locomovem para o ducto deferente onde entrarão em contato com as secreções da próstata e das vesículas seminais formando assim o sêmen ou esperma.
Fertilização
Normalmente, as mulheres produzem mensalmente um oócito por ovário de forma alternada. Após ser liberado pelo ovário, o ovócito apresenta-se com uma célula esférica medindo cerca de 140 micra de diâmetro. Por fora da membrana citoplasmática, encontra-se a zona pelúcida, constituída basicamente de mucopolissacarídeos e, envolvendo completamente o oócito, aglomeram-se células que constituem a corona radiata. Para que acontecer a fertilização, é necessário que o oócito quando expelido do ovário seja captado pela tuba uterina e siga em direção ao útero.
Encontro dos Ovócitos e Espermatozoides
Após a ovulação, o ovócito captado pela tuba uterina vai sendo deslocado através de movimentos contráteis controlados por estímulos hormonais e nervosos em direção ao terço médio superior da tuba uterina, onde encontrará com os espermatozoides e consequentemente ocorrerá fertilização. Esse encontro tem que ser realizado dentro de um curto espaço de tempo, pois a viabilidade do oócito é extremamente reduzida, aproximadamente 24 horas, deixando de ser fertilizados após este tempo.
Ocorrendo a relação sexual, os espermatozoides produzidos pelos testículos, em número variável de 20 a 200 milhões, eliminados na ejaculação dentro da vagina, iniciam sua corrida em direção ao oócito através das vias genitais femininas. Após atravessarem ambientes hostis como acidez vaginal, muco cervical e a cavidade uterina, apenas 300 – 500 espermatozoides chegam vivos nas tubas.
O muco cervical produzido pelas glândulas da cérvice uterina, através do estímulo estrogênico, apresenta durante as fases do ciclo menstrual, nítidas alterações de suas características físicas e químicas, que têm por finalidade facilitar a passagem dos espermatozoides, que quando não ocorrem criam condições impróprias, inadequadas à passagem dos mesmos, constituindo assim causa freqüente de esterilidade (hostilidade muco-sêmen).
Logo após a ejaculação, os espermatozoides já se encontram mergulhados no muco cervical. A travessia se faz à custa de movimentos ativos dos espermatozoides. Muitos deles não conseguem atravessar essa primeira etapa, porém os que conseguem têm um percurso relativamente fácil da cavidade uterina, onde são auxiliados por movimentos contráteis. Na junção útero-tubárica situa-se outro obstáculo, representado por um estrangulamento que funciona como esfíncter funcional. Vencidas estas etapas, ao chegar na tuba uterina, os espermatozoides, em menor quantidade, estabelecem contato direto com o oócito.
A fertilização ocorrerá após as seguintes fases: passagem do espermatozoide pela corona radiata, adesão do espermatozoide à superfície da zona pelúcida, passagem através da zona pelúcida, fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide, penetração do espermatozoide no oócito e a consequente descondensação e dispersão de sua cromatina. Logo após, uma membrana nuclear se forma e envolve a cromatina paterna, formando o pró-núcleo masculino. Simultaneamente, ocorre o reinício da meiose que estava suspenso, e termina com a liberação do segundo glóbulo polar. Os cromossomos permanecem no zigoto sendo imediatamente cercado por uma membrana nuclear, constituindo o pró-núcleo feminino.
DNA – Diferenciação sexual
O início da vida tem seu começo como uma única célula, célula-ovo ou zigoto. O núcleo de cada célula é preenchido com informações codificadas e organizadas por uma estrutura denominada DNA (ácido desoxirribonucleico). Um zigoto humano apresenta 46 cromossomos distribuídos em 23 pares, sendo que um par vem da mãe e outro do pai.
O DNA dos cromossomos tem a capacidade de copiar a si próprio de forma a passar suas informações de geração em geração. A diferenciação sexual é o processo pelo qual um organismo se desenvolve como indivíduo do sexo masculino ou feminino.
Os 23 pares de cromossomos nas células humanas incluem um par de cromossomos sexuais, podendo ser X ou Y. Vale ressaltar que são os cromossomos do pai os responsáveis pela determinação do sexo.
Quando um zigoto apresenta um par de cromossomos X, desenvolve-se um indivíduo feminino, já quando um zigoto apresenta um par de cromossomos sendo um X e outro Y se desenvolve num indivíduo masculino. Portanto, o complemento do cromossomo sexual das mulheres é XX e dos homens é XY, o que significa que a mulher sempre terá em seu gameta (oócito) o cromossoma X, enquanto que o gameta masculino (espermatozoide) pode apresentar ou o cromossoma X ou o cromossoma Y.
Após a formação dos 2PN (pró-núcleos), masculino e feminino, eles aumentam de volume, deslocam-se para uma posição central do zigoto e se justapõem. Quando as membranas dos 2PN se rompem, ocorre a associação dos genomas maternos e paternos denominado de singamia, dando início ao processo de clivagem celular. As duas primeiras divisões são meridionais e a terceira equatorial, dando origem ao embrião com duas, quatro, e oito células até chegar ao estágio de blastocisto, quando o embrião apresenta uma cavidade denominada de blástula, como uma pequena vesícula revestida por uma camada de células distendidas, tendo em um dos pólos pequena massa celular, chamada de nó embrionário, que dará origem a todas as células que irão constituir o embrião propriamente dito.
Enquanto o embrião inicia suas divisões na tuba, o mesmo é conduzido através de movimentos ciliares até o útero. Por volta do sexto dia, quando as células trofoblásticas do blastocisto estabelecem contato com a superfície do endométrio, estas provocam a erosão da mucosa uterina, permitindo que o embrião penetre no interior do endométrio, estabelecendo assim o processo de nidação ou implantação.
O endométrio já proliferado começa a secretar por influência do estrogênio e da progesterona mantendo assim as condições ideais em relação ao útero, construindo a placenta, através da qual serão estabelecidas as relações materno-fetais.